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MINICURSOS

Minicurso 4:

A Bíblia como fonte histórica: teorias e possibilidades de estudo da Antiguidade

 

Coordenadoras:

Doutoranda Nathany Andrea Wagenheimer Belmaia / UFPR / CAPES / natbelmaia@gmail.com / http://lattes.cnpq.br/9703813510714908

Mestranda Kettuly Fernanda da Silva Nascimento dos Santos / UEL / CAPES / kettulynascimento@gmail.com / http://lattes.cnpq.br/2971731260986034

Resumo:


A Bíblia é um documento complexo, reflexo de sucessivas épocas que o receberam e o manipularam, o que demanda um conhecimento teórico e metodológico no seu trato como fonte. O objetivo desse minicurso é oferecer essas ferramentas e exemplos para que os alunos compreendam o trabalho com a Bíblia como fonte de conhecimento histórico. Dessa forma, o primeiro dia (3h) da proposta desse minicurso consiste em contextualizar os alunos acerca dos debates históricos sobre a formação do cânon do Velho Testamento (Torá ou Bíblia hebraica), e do Novo Testamento (Bíblia cristã), o surgimento dos primeiros escritos, autoria, transmissão, traduções e outros. No segundo dia (3h) pretende-se, a título de exemplo, analisar os trabalhos oriundos das pesquisas de mestrado das proponentes do minicurso, os quais utilizam a Bíblia como fonte. O primeiro visa confrontar relatos bíblicos com estudos arqueológicos a fim de fundamentar concepções teóricas que permitem designar a Páscoa judaica como mito e a Páscoa cristã como memória (BELMAIA, 2017). Com um enfoque bastante diverso, o segundo exemplo versará sobre um trabalho que utiliza a Bíblia como fonte direta para apreensão da formação da identidade das comunidades cristãs a partir de uma retórica antijudaica no Evangelho de Mateus. Visa-se demonstrar como os ataques à elite judaica, os quais apontam as falhas e questionamentos às práticas religiosas observadas pelos fariseus e escribas judeus, permitem a análise da formação de identidade da comunidade cristã no século I d.C. (SANTOS, 2016). Ressalta-se a importância da proposta desse minicurso para estimular interesse de trabalhos na área de Antiguidade, bem como a problematização e uso da Bíblia como fonte.

Referências:


Fonte: BÍBLIA DE JERUSALÉM. Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 2012. Referências: BELMAIA, N. A. W. Fazei isto em memória de mim: a ressignificação cristã da Páscoa judaica. Pará de Minas: Virtualbooks, 2017. BROWN, Raymond E. Introdução ao Novo Testamento. Tradução Paulo F. Valério. 2 ed. São Paulo: Paulinas, 2012. CARTER, Warren. O Evangelho de São Mateus: Comentário sociopolítico e religioso a partir das margens. Tradução de Walter Lisboa. São Paulo: Paulus, 2002. CHEVITARESE, André L. Cristianismo e Império Romano. In: SILVA, G.V. e MENDES, N.M. Repensando o Império Romano. RJ/Vitória: Mauad/ Edufes, 2006. CHEVITARESE, André L. Cristianismos. Questões e Debates Metodológicos. RJ: Klíne, 2011. GARCIA, Paulo R. Um estudo Evangelho de Mateus. Revista de Estudos Bíblicos 51: A Lei. Petrópolis: Vozes, 1996, p.58-66. GUARINELLO, N.L. Império Romano e Identidade Grega. In: FUNARI, P. P. e SILVA. Política e Identidades no mundo antigo. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2009. IZIDORO, J. L. O problema da identidade no cristianismo primitivo interação, conflito e desafios. Revista Eletrônica Oracula (São Bernardo do Campo), v. 4.7, 2008. KOESTER, Helmut. Introdução ao Novo Testamento: história e literatura do cristianismo primitivo. São Paulo: Paulus, 2005. LOHSE, Eduard. Contexto e Ambiente do Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 2000. SANTOS, K. F. N. Uma análise sobre o Evangelho de Matheus: a retórica antijudaica no cristianismo antigo do século I d.C. In: Seminário Internacional de Práticas Religiosas No Mundo Contemporâneo (LERR/UEL), 4, 2016, Londrina. Anais. Londrina: UEL, 2016. RICHARD, Pablo. A Origem do Cristianismo em Antioquia. RIBLA 29: Cristianismos Originários Extrapalestinos (35-138 d.C). Petrópolis: Vozes, 1998, pp. 32-44.

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